Brasil

Empresário jurado de morte pelo PCC é assassinado no aeroporto de Guarulhos

O empresário teria mandado matar dois integrantes do PCC em 2021

Da Redação

Sábado - 09/11/2024 às 11:52



Foto: Divulgação Antônio Vinicius Lopes Gritzbach
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach

O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, 38 anos, jurado de morte pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, nessa sexta (8). De acordo com o Ministério Público de São Paulo, Gritzbach foi jurado de morte pelo PCC porque teria mandado matar dois integrantes do grupo, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como 'Cara Preta', e Antônio Corona Neto, o 'Sem Sangue', motorista de Anselmo. 

O empresário foi executado por volta das 16h, quando havia acabado de desembarcar no aeroporto. Ao chegar na área externa, ele foi surpreendido e atingido com vários tiros de fuzil que partiram de um Gol preto estacionado na frente de um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas a vítima morreu ainda no local. Outras três pessoas ficam feridas.

Tudo indica que o delator do PCC ao Ministério Público foi vítima de queima de arquivo. Segundo o MP, o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.

Veículo que teria sido usado pelos atiradores / Foto: Arquivo da polícia

Cara Preta e Sem Sangue foram mortos em 27 de dezembro de 2021. Gritzbach é réu por esses crimes e por por lavagem de dinheiro de mais de R$ 30 milhões provenientes do tráfico. A maior parte dessas operações era feita com compra e venda de imóveis e em postos de gasolina. Ele também denunciou corrupção policial. Ao longo dos últimos seis meses, o empresário prestou vários depoimentos ao MP, sendo o mais recente há 15 dias.

Em março deste ano, Gritzbach assinou um acordo de colaboração premiada com o MP. Ele entregou vários esquemas, deu várias pistas de ilícitos cometidos e ainda ficou de entregar mais.

Ainda segundo as investigações, Gritzbach chegou a ter influência grande em células do PCC, tendo participado inclusive de tribunal do crime, quando se avalia se um integrante deve ou não ser assassinado por deslealdade à facção.

O MP disse que ofereceu mais de uma vez segurança ao empresário e que ele sempre recusou a proteção. A defesa do empresário disse que vai aguardar o fim das investigações para se manifestar.

Fonte: Com informações do g1

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