Foto: ABR
Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre de Moraes
A Polícia Federal revelou novos detalhes sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, que mostraram um plano minucioso para sequestrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. De acordo com fontes da investigação, os golpistas levantaram informações precisas sobre as rotinas de segurança de ambos, incluindo os nomes e os tipos de armamento utilizados pelos agentes responsáveis pela proteção das autoridades.
O levantamento de dados tinha como objetivo preparar os golpistas para uma possível confrontação armada com os seguranças, indicam os arquivos eletrônicos recuperados pela PF. Segundo a reportagem de José Roberto de Toledo e Thais Bilenky, o plano visava não apenas a captura de Lula e Moraes, mas também a possibilidade de um confronto violento com as forças de segurança, caso fosse necessário.
No dia da tentativa de golpe, nem Lula nem Moraes estavam em Brasília. O presidente se encontrava em viagem a Araraquara, no interior de São Paulo, enquanto o ministro estava em Paris, na França.
Essas descobertas resultaram na prorrogação do inquérito por mais 60 dias, decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes. O prazo estendido deve permitir o avanço das investigações para possíveis indiciamentos de líderes, executores e financiadores, que são esperados para o final de dezembro ou início de 2025. Entre os investigados, está Jair Bolsonaro (PL), que articula uma anistia junto ao Congresso, mesmo antes de uma eventual denúncia judicial.
Fonte: Brasil 247
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