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Donos da plataforma Esportes da Sorte se entregam à polícia na Operação Integration

Investigação revela esquema de lavagem de dinheiro envolvendo jogos ilegais e movimentação de quase R$ 3 bilhões; advogados solicitam liberdade para os detidos

Da Redação

Sexta - 06/09/2024 às 09:16



Foto: Reprodução/ Instagram Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte, e sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola
Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte, e sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola

Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte, e sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, se entregaram à Polícia Civil de Pernambuco nesta quinta-feira (5). Eles estão sendo investigados na Operação Integration, que começou no dia 4 de setembro e visa uma organização criminosa suspeita de movimentar quase R$ 3 bilhões com jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

O site Esportes da Sorte, operado pelo grupo HSF Gaming com sede em Curaçao, um paraíso fiscal, é um dos focos da investigação. Darwin e Maria Eduarda estão detidos, mas seus advogados pediram ao Tribunal de Justiça de Pernambuco que eles sejam liberados.

O escritório de advocacia Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, que representa o casal, afirmou que todas as questões sobre a empresa foram esclarecidas, mostrando que suas atividades são legais.

A Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco com apoio do Ministério da Justiça e da Interpol, resultou em 19 prisões e 24 buscas, além da apreensão de veículos de luxo, aeronaves e embarcações, e o bloqueio de bens.

Entre os detidos estão a advogada e influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, suspeitas de envolvimento no esquema. Elas foram mantidas em custódia temporária. Deolane alegou ser vítima de injustiça e perseguição, afirmando que nunca cometeu crimes.

A investigação revelou que a organização criminosa movimentou mais de R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023, principalmente com jogos ilegais. Para lavar o dinheiro, o grupo usava empresas de eventos, casas de câmbio e seguro, além de comprar veículos de luxo e imóveis.

O delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, explicou que a organização usava apostas e outras empresas para dar uma aparência legal ao dinheiro sujo. Ele destacou que, independentemente de serem legais ou não, as apostas sempre favorecem a banca e a maioria dos apostadores acaba perdendo dinheiro.

Fonte: Agência Brasil

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