Foto: Reuters/Andrew Kelly
Placa de Wall Street
Investidores ao redor do mundo estavam em alerta enquanto os americanos se dirigiam às urnas nesta terça-feira, encerrando um ciclo eleitoral que poderá influenciar os mercados conforme os resultados se tornem mais claros.
Uma das eleições mais incomuns da história dos EUA pode trazer implicações para políticas fiscais e comerciais e para as instituições norte-americanas, dependendo de quem prevalecer: o republicano Donald Trump ou a democrata Kamala Harris. Os resultados podem impactar ativos globalmente, incluindo a perspectiva para a dívida dos EUA e a força do dólar.
Com pesquisas apontando um empate e o controle do Congresso também em jogo, investidores temem um resultado incerto ou contestado, que poderia aumentar a volatilidade devido à incerteza. Assim, os investidores estarão atentos aos resultados iniciais de condados estratégicos.
Mike Mullaney, diretor de pesquisa da Boston Partners, afirmou: "Essa é a eleição mais significativa que já vi em minha carreira". Ele destacou que certos cenários variam entre uma vitória de Trump ou de Harris. A atenção sobre a eleição segue uma alta nas ações que levou o S&P 500 a recordes em 2024, impulsionado pela economia e cortes de taxas de juros pelo Federal Reserve
Apostas nos resultados eleitorais têm influenciado os mercados. Ativos, como o peso mexicano e ações do Trump Media and Technology Group, oscilaram, enquanto indústrias como bancos regionais se beneficiam com a possibilidade de uma regulamentação mais branda. Por outro lado, políticas de Harris são esperadas com regulamentações mais rígidas e maior apoio a energias limpas.
A possibilidade de uma "Onda Azul", com Harris e os democratas controlando a Câmara e o Senado, é improvável, dificultando mudanças significativas nas taxas de impostos.
Para alguns investidores, o risco de uma eleição contestada traz preocupações, como em 2000, quando a disputa entre Bush e Gore permaneceu indefinida, resultando em queda no S&P 500. Embora o índice esteja cerca de 2,5% abaixo do recorde, o Índice de Volatilidade Cboe subiu para 22, refletindo a ansiedade com o cenário geopolítico.
Fonte: Brasil 247
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