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A estratégia da vacina funciona transferindo os anticorpos da mãe para o bebê durante a gravidez
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi o vírus respiratório mais prevalente em Teresina em 2025, ficando atrás apenas do coronavírus e superando o vírus Influenza. Dados do Lacen-PI revelam que, de 2.293 amostras analisadas este ano de pacientes com síndromes respiratórias graves, 213 deram positivo para o VSR. A maior incidência e o maior risco estão em crianças menores de 2 anos, para quem o VSR é a principal causa de internação por infecções respiratórias, especialmente nos primeiros e mais vulneráveis meses de vida.
Para proteger os recém-nascidos, a capital piauiense iniciou nesta quinta-feira, 11 de dezembro, a vacinação das gestantes contra o VSR. A estratégia, que é nova no calendário público, funciona transferindo os anticorpos da mãe para o bebê durante a gravidez, criando uma defesa crucial para os primeiros meses após o parto. A vacina está disponível em dose única para todas as gestantes a partir de 28 semanas de gravidez, sem restrição de idade.
Em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde recebeu 2.660 doses do Ministério da Saúde para dar início à campanha. A aplicação será feita em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas maternidades, no Centro Integrado Lineu Araújo, no Hospital da Polícia Militar e também em um ponto de vacinação montado no Teresina Shopping, para ampliar o acesso e facilitar a vida das gestantes. Para se vacinar, é preciso apresentar documento de identidade, cartão de pré-natal e cartão de vacinação.
"A chegada da vacina contra o VSR representa um avanço fundamental para a proteção dos bebês de Teresina. As formas graves da doença são mais frequentes nos primeiros meses de vida, e a imunização das gestantes é a forma mais eficaz de garantir essa proteção", afirmou a coordenadora de vacinação da FMS, Emanuelle Dias. A vacina, que pode custar até R$ 1,5 mil na rede privada, está sendo oferecida de graça pelo SUS após um acordo de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan.
O impacto do VSR é um problema de saúde pública nacional. No Brasil, até 22 de novembro, foram registrados 43,2 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus. A esmagadora maioria desses casos graves, 82.5%, ocorreu em crianças com menos de dois anos de idade, totalizando mais de 35,5 mil hospitalizações. Estudos clínicos demonstram que a vacinação materna tem uma eficácia de 81,8% na prevenção de doenças graves causadas pelo VSR nos bebês durante seus primeiros 90 dias de vida.
Fonte: Prefeitura de Teresina
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